Memória política: Como o passado molda o presente e o futuro das lideranças
Maria Luiza Rodrigues • 31 de março de 2025

Na política, o passado nunca é apenas passado. Ele é constantemente resgatado, reinterpretado e ressignificado para sustentar narrativas e influenciar o presente. Seja para reforçar uma trajetória de sucesso, justificar decisões ou até mesmo atacar adversários, a memória política é uma ferramenta estratégica essencial no discurso de qualquer liderança pública.


Mas como diferentes grupos políticos utilizam a história a seu favor? Como a imprensa constrói narrativas sobre o legado de figuras públicas? E, mais importante: como políticos e suas equipes podem gerenciar essa memória para fortalecer sua imagem?


Neste artigo, analisamos a construção da memória política no Brasil, os impactos midiáticos e como os gestores podem transformar o passado em um ativo estratégico.

1. Memória política: A base das narrativas públicas


A memória política é construída por meio de discursos, símbolos e eventos históricos. Governos, partidos e líderes frequentemente revisitam o passado para reforçar suas bandeiras. Isso acontece de várias formas:


  • Resgate de legados positivos: Exaltação de ex-governantes e políticas bem-sucedidas para fortalecer candidatos alinhados.


  • Reinterpretação de eventos históricos: Utilização de datas e acontecimentos para embasar discursos políticos atuais.



  • Contraposição de narrativas: Grupos rivais disputam versões da história para validar suas posições e enfraquecer adversários.

Dado relevante: Segundo pesquisa do DataSenado, 78% dos eleitores consideram o histórico político de um candidato um fator determinante na decisão de voto. Isso reforça o peso da memória na formação da opinião pública.

2. A imprensa e a construção de legados políticos


A mídia tem papel fundamental na preservação ou desconstrução da imagem de líderes políticos ao longo do tempo. Os veículos de comunicação moldam percepções ao enfatizar determinados aspectos de uma trajetória política, seja pela:


  • Revisão de gestões passadas: Durante campanhas eleitorais, é comum que a imprensa recapitule realizações (ou falhas) de antigos governos.


  • Cobertura de efemérides: Datas comemorativas e marcos históricos costumam ser aproveitados por veículos de mídia para reforçar narrativas políticas.


  • Debates sobre revisionismo histórico: O embate sobre figuras históricas polêmicas e seus legados é um dos principais campos de disputa na imprensa e nas redes sociais.

Exemplo prático: A trajetória de Getúlio Vargas é interpretada de maneiras distintas por diferentes grupos políticos. Enquanto alguns enfatizam suas políticas trabalhistas, outros criticam o período ditatorial do Estado Novo.

3. Como a memória política impacta a imagem de gestores atuais?


A construção da memória política não se restringe a figuras históricas. Políticos em exercício também precisam administrar sua narrativa pública para evitar que seu legado seja moldado de forma negativa.


Erros comuns:

  • Não monitorar como sua gestão está sendo documentada pela imprensa e redes sociais.


  • Ignorar episódios polêmicos do passado, permitindo que adversários os utilizem como arma eleitoral.


  • Falhar na valorização de realizações estratégicas, deixando que outras narrativas se sobressaiam.


Boas práticas para gestores públicos:



  • Antecipação de narrativas: Acompanhar como suas ações estão sendo percebidas e criar estratégias para consolidar um legado positivo.



  • Gestão da reputação digital: Utilizar ferramentas de monitoramento para identificar crises e oportunidades na construção da imagem.


  • Valorização da trajetória política: Criar conteúdo que resgate conquistas e demonstre continuidade na entrega de resultados.

Dado relevante: Uma análise do Instituto Paraná Pesquisas mostrou que gestores que comunicam bem suas realizações durante o mandato possuem, em média, 30% menos rejeição em eleições subsequentes.

4. Como a Cardine pode ajudar?

A Cardine oferece ferramentas e inteligência estratégica para políticos e gestores que desejam construir um legado sólido e bem-posicionado na memória coletiva. Com nossa expertise, ajudamos sua equipe a:


  • Monitorar tendências e narrativas nas redes sociais e na imprensa.


  • Antecipar possíveis crises e neutralizar impactos negativos.



  • Criar estratégias de comunicação que reforcem realizações e fortaleçam a imagem pública.

Quer transformar sua trajetória política em um legado de credibilidade e reconhecimento? Entre em contato com a Cardine e descubra como podemos ajudar sua equipe a se destacar!


Compartilhe este artigo e amplie o debate sobre o papel da memória política na comunicação pública!




Fontes: DataSenado, Instituto Paraná Pesquisas,  Ibope

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