Os primeiros 100 dias de uma gestão pública são decisivos para a construção da imagem de um líder. Esse período define não apenas a percepção popular, mas também a governabilidade e a viabilidade política de longo prazo.
Afinal, como os gestores podem interpretar os primeiros dados de avaliação?
E mais importante: quais estratégias devem ser adotadas para fortalecer a aprovação e evitar crises?
Neste artigo, analisamos como a opinião pública reage nos primeiros meses de governo e quais lições podem ser extraídas para futuras campanhas e gestões.
O que as pesquisas mostram sobre os primeiros meses de governo?
Analisando dados recentes de diferentes administrações no Brasil, percebemos um padrão: a forma como um governo inicia suas ações impacta diretamente sua popularidade nos meses seguintes.
Aprovação Popular:
Mede a porcentagem de eleitores que aprovam o trabalho do gestor. Exemplo: em 2023, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, registrou 52% de aprovação em sua primeira pesquisa de avaliação.
Percepção de Mudança:
Mede se a população percebe melhorias concretas nos primeiros meses de gestão. Exemplo: em 2021, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, alcançou 70% de avaliação positiva por suas ações iniciais no combate à pandemia.
Índice de Confiança:
Avalia a credibilidade do gestor perante a população. Segundo o Ibope, gestores com índices acima de 60% têm maior capacidade de implementar políticas públicas.
Rejeição:
Indica o percentual de eleitores que desaprovam a gestão. Um índice alto pode sinalizar crises de imagem.
Dados recentes:
- Em 2023, 40% dos prefeitos eleitos em 2020 tiveram queda na aprovação após os primeiros três meses de gestão, segundo o DataSenado.
- A rejeição média de governadores no Nordeste chegou a 35% no primeiro trimestre de 2023, refletindo desafios econômicos e sociais na região.
O impacto da comunicação e das narrativas políticas
Casos de sucesso:
Governo Jair Bolsonaro (2019):
Após três meses no cargo, Bolsonaro registrou 32% de aprovação, enquanto 33% avaliavam sua gestão como ruim ou péssima. Os primeiros meses foram marcados por polêmicas e desafios na articulação política, fatores que impactaram sua imagem. (Fonte: Datafolha, 2019)
João Doria (ex-governador de São Paulo):
Nos primeiros meses de gestão, investiu em comunicação eficiente sobre ações na saúde e infraestrutura, alcançando 60% de aprovação em 2019.
Crises de imagem:
Wilson Witzel (ex-governador do RJ):
A falta de clareza nas ações contra a pandemia e escândalos de corrupção levaram sua rejeição a 65% em 2020.
Marcelo Crivella (ex-prefeito do RJ):
A gestão polêmica e os conflitos com a Câmara Municipal resultaram em 70% de rejeição nos primeiros meses de mandato.
Como a mídia e as redes sociais influenciam:
- A cobertura midiática pode amplificar tanto conquistas quanto falhas. Exemplo: A gestão de Ricardo Nunes (SP) ganhou destaque positivo com a divulgação de obras de mobilidade urbana.
- Nas redes sociais, a viralização de críticas ou elogios pode acelerar mudanças na percepção pública.
A importância de monitorar tendências e prever cenários
Estratégias para melhorar a percepção pública:
- Comunicação transparente: Manter a população informada sobre ações e resultados.
- Foco em prioridades: Identificar as demandas mais urgentes da população e agir rapidamente.
- Diálogo constante: Utilizar redes sociais e canais oficiais para ouvir e responder aos cidadãos.
- Monitoramento de narrativas: Acompanhar menções e tendências nas redes sociais para antecipar crises e ajustar estratégias.
Como a Cardine pode ajudar:
- Monitoramento em tempo real de menções e engajamento nas redes sociais.
- Análise de dados para identificar tendências e prever cenários políticos.
- Estratégias personalizadas para fortalecer a imagem pública de gestores.
Os primeiros três meses de gestão são decisivos para construir uma imagem política sólida. Com dados concretos e estratégias bem planejadas, é possível transformar desafios em oportunidades.
A Cardine oferece ferramentas e insights para ajudar gestores a monitorar tendências, antecipar crises e fortalecer sua comunicação. Entre em contato e descubra como podemos ajudar sua equipe a alcançar resultados extraordinários!
Fontes:
Datafolha
Ibope
DataSenado
Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
