Três meses de gestão: O que os dados mostram?
Maria Luiza Rodrigues • 15 de março de 2025

Os primeiros 100 dias de uma gestão pública são decisivos para a construção da imagem de um líder. Esse período define não apenas a percepção popular, mas também a governabilidade e a viabilidade política de longo prazo. Afinal, como os gestores podem interpretar os primeiros dados de avaliação? E mais importante: quais estratégias devem ser adotadas para fortalecer a aprovação e evitar crises?


Neste artigo, analisamos como a opinião pública reage nos primeiros meses de governo e quais lições podem ser extraídas para futuras campanhas e gestões.

Big Numbers – O que as pesquisas mostram sobre os primeiros meses de governo?

Analisando dados recentes de diferentes administrações no Brasil, percebemos um padrão: a forma como um governo inicia suas ações impacta diretamente sua popularidade nos meses seguintes.


  • Governo Jair Bolsonaro (2019): Após três meses no cargo, Bolsonaro registrou 32% de aprovação, enquanto 33% avaliavam sua gestão como ruim ou péssima. Os primeiros meses foram marcados por polêmicas e desafios na articulação política, fatores que impactaram sua imagem.
  • Governo Luiz Inácio Lula da Silva (2023): No início de 2023, Lula contava com 38% de aprovação. No entanto, em fevereiro de 2025, esse número caiu para 24%, reflexo de um cenário econômico instável e desgastes políticos acumulados.

Além do governo federal, governadores e prefeitos enfrentam desafios semelhantes: comunicar bem suas ações nos primeiros meses é essencial para garantir apoio da população e consolidar suas administrações.

O impacto da comunicação e das narrativas políticas

O que explica a variação nos índices de aprovação de diferentes líderes? A resposta está na construção de narrativas eficazes e na capacidade de gerar engajamento positivo.

1. Gestões que acertam na comunicação inicial:

Governos que investem em transparência, diálogo com a população e ações de impacto imediato tendem a consolidar uma imagem positiva. Por exemplo, Ronaldo Caiado (GO), nos primeiros 100 dias de sua gestão, alcançou 72% de aprovação ao priorizar áreas sensíveis, como saúde e segurança.

2. O papel das redes sociais:

O ambiente digital se tornou um campo de batalha para a popularidade política. Mencionado mais de 8 milhões de vezes no Twitter nos três primeiros meses de governo, Bolsonaro enfrentou desafios para manter um discurso alinhado entre sua base e o público geral. A falta de coerência e crises internas tiveram impacto direto em sua aprovação.

3. Casos de desgaste precoce:

Em contrapartida, administrações que enfrentam crises políticas, escândalos ou falhas na comunicação perdem rapidamente o apoio da opinião pública. Um exemplo foi Wilson Witzel (RJ), que começou sua gestão com boas avaliações, mas viu sua popularidade despencar diante de investigações de corrupção.

Monitorar tendências e antecipar cenários: a chave para uma gestão eficaz

A leitura estratégica das pesquisas de aprovação nos primeiros meses de governo não deve ser apenas reativa, mas sim proativa. Governos e campanhas precisam:


  • Acompanhar a opinião pública em tempo real, identificando pontos críticos antes que crises se agravem.
  • Utilizar inteligência de dados para ajustar discursos e estratégias, garantindo maior alinhamento com as demandas da população.
  • Gerar engajamento digital e consolidar narrativas positivas, especialmente em redes sociais, onde a repercussão pode definir a percepção popular.


Os líderes que monitoram tendências e reagem com agilidade às demandas da sociedade têm mais chances de consolidar uma gestão bem-sucedida.

Os primeiros três meses de governo são um termômetro fundamental para o sucesso de uma gestão. Políticos que entendem a importância da comunicação estratégica, do uso inteligente de dados e da antecipação de cenários têm uma vantagem competitiva clara.


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Fontes:

Datafolha

Genial/Quaest

Ibope

Torabit

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